A genética é um dos ramos da ciência que mais se
desenvolveu nos últimos tempos. Esta oferece-nos um panorama da
transmissão e do trabalho dos genes no funcionamento de um organismo.
Esta fortemente relacionada com todos os aspectos do desenvolvimento
humano e da sua saúde, assim como explica e estuda a sua importância
para um diverso leque de fenômenos patológicos. Hoje em dia não se pode
falar na compreensão de um organismo e das suas doenças sem primeiro se
conhecer a fundo a genética desse mesmo ser e as suas metodologias.
Sendo essencial para o conhecimento das doenças, é também muito
importante no desenvolvimento e modo de aplicação de uma cura.
”Conhecer e compreender os nossos genes é uma etapa primordial para o
tratamento de doenças que, primariamente e mesmo secundariamente, sejam
decorrentes de alterações genéticas”.
Doenças genéticas
É importante que as pessoas compreendam que doença
genética não é sinónimo de doença hereditária. Doença genética é
todo e qualquer distúrbio que afecte o nosso material genético.
Portanto, qualquer doença não infecciosa, não contagiosa que afecte o
material genético, em maior ou menor escala, é uma doença genética.
Cancro, por exemplo, é uma doença genética, assim como hipertensão,
diabetes e obesidade.
Algumas características genéticas dependem não só
dos genes, mas também de ambiente favorável para manifestar-se.
Outras, como as hereditárias, dependem só dos genes. Os genes são a
informação química herdada dos nossos pais no momento da concepção.
Determinam a nossa constituição biológica. São eles que nos formam
similares com os nossos pais e controlam o nosso crescimento e a nossa
aparência. Também determinam a nossa resistência a determinadas doenças
ou predisposição em relação a outras.
Hoje, inúmeras doenças são diagnosticadas por um
estudo simples de ADN. Cada vez mais uma gotinha de sangue basta para
fazer o diagnóstico de doenças o que torna desnecessária a indicação de
exames invasivos.
Devido à sua raridade, gravidade e diversidade, as
doenças genéticas constituem um importante problema de saúde pública, se
bem que sem o adequado reconhecimento social. Estima-se que cerca de 5
por cento da população europeia esteja afectada de uma doença genética o
que, em Portugal, significa mais de 500 mil pessoas.
Actualmente, o Departamento de Genética ocupa-se do
estudo de mais de 50 doenças genéticas, mas como uma única doença
genéticas é o resultado de um único gene transformado, estima-se haver
cerca de 4000 doenças genéticas únicas, doenças que é necessário
haver cura.
Fig.1)
Apesar da maioria das características das entidades biológicas serem
genéticas e hereditárias (centro), há características que são apenas
hereditárias (esquerda), ou que são apenas genéticas (direita).
Mecanismos de transmissão
Cada indivíduo é portador de genes defeituosos.
Podemos descrever, por isso, vários mecanismos pelos quais os defeitos
genéticos serão transmitidos de geração em geração:
1. Um único gene está alterado:
. Herança autossómica dominante, em que a característica é
transmitida por um progenitor e da geração anterior;
. Herança recessiva, quando ambos os progenitores não foram
afectados;
. Herança de ligação sexual ou ligado ao cromossoma X, em que o
gene em causa é tido por relacionado com o cromossoma X.
Fig.2) O cromossoma X contém, por vezes, um
único gene alterado, que leva à herança de ligação sexual.
2. Uma herança de padrão multifactorial. Vários genes ou vários
cromossomas interagem entre si. Influências desconhecidas
do meio envolvente poderão contribuir para a expressão ou
características físicas do gene.
Fig.3) A herança de padrão multifactorial leva
a deformações no corpo.
3. Reagrupamento de cromossomas, supressão ou duplicação. Cada
um de nós tem 46 cromossomas organizados em 23 pares, numerados de 1
a 22. O vigésimo terceiro par distingue homens e mulheres. O sexo
feminino tem dois cromossomas X, e o sexo masculino tem um
cromossoma X e um cromossoma Y.
Fig.4) Diferentes pares de cromossomas.
Prevenção
O diagnóstico genético é uma das possibilidades
do acompanhamento pré-natal, capaz de identificar e mapear os
cromossomas do feto, a fim de detectar alterações que possam
originar mais formações estruturais do bebé, assim como doenças
genéticas mais raras.
Actualmente já existem vários testes genéticos capazes
de predizer com facilidade a incidência de desordens causadas por um só
gene. No entanto, são poucos os testes para doenças causadas por
mutações em vários genes ou patologias provocadas pela interacção dos
genes de um indivíduo e o seu estilo de vida e/ou ambiente. Nestes
casos, a estimativa de risco é variável de indivíduo para indivíduo e
mais difícil de prever.
O rastreio, seja qual for o teste usado nunca
poderá garantir a fiabilidade total do resultado: a identificação de
todos os indivíduos que têm a doença (verdadeiros positivos) ou dos que
não têm (verdadeiros negativos). Da mesma forma que um resultado falso
positivo poderá levar ao abortamento de um feto normal ou um falso
negativo ao nascimento de uma criança afectada. Este tipo de erros pode
conduzir a traumas e consequências irreversíveis.
O rastreio genético envolve a análise do ADN,
normalmente a partir de uma amostra de sangue. Por vezes, uma única
mutação
pode provocar uma doença, mas a grande maioria das doenças genéticas
são provocadas por uma combinação de factores genéticos e ambientais.
Actualmente, existem 5 grandes tipos de testes
genéticos:
Distúrbio
|
Incidência
|
Herança
|
Fibrose cística
|
1 em 2.500 indivíduos da raça branca
|
Recessiva
|
Hiperplasia adrenal congénita
|
1 em 10.000
|
Recessiva
|
Distrofia muscular de Duchenne
|
1 em 3.300 nascimentos do sexo masculino
|
Ligada ao cromossoma X
|
Hemofilia A
|
1 em 8.500 nascimentos do sexo masculino
|
Ligada ao cromossoma X
|
Alfa e beta-talassemia
|
Presente na maioria das populações
|
Recessiva
|
Doença de Huntington
|
de 4 a 7 em 100.000
|
Dominante
|
Doença renal policística (tipo adulto)
|
1 em 3.000 por diagnóstico clínico
|
Dominante
|
Anemia falciforme
|
1 em 400 indivíduos da raça negra nos Estados Unidos
|
Recessiva
|
Doença de Tay-Sachs (gangliosidose GM2)
|
1 em 3.600 judeus Ashkenazi e franco-canadianos; 1 em 400.000 em
outras populações
|
Recessiva
|
Tab.1) Alguns distúrbios genéticos que podem
ser detectados antes do nascimento.
Tipos de doenças genéticas
Síndrome de Ehlers-Danlos
Síndrome de Ehlers-Danlos é a designação atribuída a
uma doença congénita pouco comum e de difícil diagnóstico que se
caracteriza pelo aumento da mobilidade articular e da elasticidade da
pele (tecidos conjuntivos). Esta mobilidade anormal tem diferentes
implicações no organismo, implicações cuja severidade varia desde a
“simples” mobilidade articular e cutânea até a problemas cardíacos e
rompimento do baço. Deve o seu nome a Ehlers que descreveu a
hipermobilidade articular em 1901 e a Danlos que por sua vez descreveu a
fragilidade cutânea em 1908.
Características
Além das já referidas, é possível identificar outras características que
possibilitam identificar esta síndrome. No entanto estes factores estão
presentes num número elevado de outras doenças. Como tal, o diagnóstico
deve ser baseado em dados clínicos mais específicos:
. Viragem fácil das pálpebras superiores;
. Capacidade de tocar no nariz com a língua;
. Formação fácil de equimoses e a presença de cicatrizes devido à
fragilidade cutânea e dobrar passivamente o punho e polegar até ao
antebraço;
. Possibilidade de chegar ao umbigo com o braço por trás das costas e de
dobrar passivamente o punho e polegar até ao antebraço.
Fig.5)
Um sofredor desta síndrome contém uma grande elasticidade da pele.
Tratamento e prevenção de complicações
O parto de uma grávida com o síndrome de Ehlers-Danlos deve ser planeado
adequadamente, visto poder correr o risco de hemorragia e lacerações
graves na sequência de uma episiotomia.
Sendo a hereditariedade autossómica dominante, o risco do feto ser
afectado é de 50%, o que acarreta uma maior probabilidade de parto
prematuro. É também necessário realizar um exame cuidado e pormenorizado
do recém-nascido. A elasticidade cutânea e a laxidez articular
exagerados sugerem este diagnóstico.
As avaliações oftalmológicas e cardíacas podem contribuir para
esclarecer o diagnóstico e devem ser realizadas periodicamente nos casos
confirmados. A fragilidade das gengivas e a hipotonia podem levar a
dificuldades alimentares. Na adolescência e na idade adulta, as medidas
preventivas devem monitorizar os sistemas já referidos e ser
complementadas com os exames considerados necessários pela clínica. Os
desportos de contacto devem ser, logicamente, evitados.
Porfiria
Porfiria é um grupo de distúrbios herdados ou
adquiridos que envolvem certas enzimas participantes do processo de
síntese do heme. O seu nome deriva da palavra grega porphura, que
significa “pigmento roxo”, sendo uma clara referencia à coloração
arroxeada dos fluidos corporais dos pacientes durante um ataque. Nos
humanos, as porfirinas são os principais precursores do heme, um
componente essencial da hemoglobina, mioglobina e cito cromos.
A síntese do heme dá se em dois locais distintos da
célula e envolve oito enzimas. Ela começa na mitocondria, onde actua a
primeira enzima, prossegue no citoplasma, onde actuam quatro enzimas, e
volta para a mitocondria, onde é encerrada, actuando as três últimas
enzimas.
As porfirias são causadas por deficiências funcionais
ou quantitativas de qualquer uma das enzimas que participam do processo
de síntese do heme. A síntese do heme provoca o aumento de um dos seus
precursores, as porfirinas, que são tóxicas em altas concentrações nos
tecidos. A produção diminuída de heme não é um grande problema, pois
mesmo uma actividade enzimática pequena pode levar à produção de heme
suficiente. Características bioquímicas desses intermediários e o local
da sua produção, determinarão em que tecido serão acumulados, se são
fotossensíveis e como serão excretados (na urina ou nas fezes).
Fig.6) Consequência da porfiria.
Tipos de porfiria
Porfiria Cutânea
Apresenta-se clinicamente como uma hipersensibilidade
da pele à luz, levando à formação de lesões, cicatrização e
desfiguração.
Porfiria aguda
Afecta primariamente o sistema nervoso central,
resultando em dores abdominais, vómitos, convulsões e distúrbios
mentais, incluindo alucinações, depressão, paranóia e ansiedade.
Tratamento
Carboidratos e heme
Uma dieta rica em carboidratos é geralmente
recomendada; em ataques severos, infusão de solução hipertónica de
glicose (até de 50%) é iniciada, o que pode interromper a crise ou
auxiliar na recuperação
Factores precipitantes
Se o ataque foi causado por drogas, a descontinuação
do uso destas substâncias é essencial
Controle dos sintomas
A dor é extremamente severa, frequentemente fora de
proporção aos sinais físicos, e quase sempre requer o uso de opiáceos
para reduzi-la a níveis toleráveis. A dor deve ser tratada tão cedo
quanto medicamente possível devido à sua severidade
Identificação precoce
Pacientes com histórico de porfiria aguda são
recomendados a usar um bracelete de alerta ou outra identificação o
tempo inteiro para o caso de desenvolverem sintomas: já que talvez eles
não possam explicar aos profissionais da saúde sobre sua condição e o
fato de que algumas drogas são absolutamente contra-indicadas
Tratamento hormonal
As flutuações hormonais que contribuem para os ataques
cíclicos em mulheres têm sido tratadas com contraceptivos orais que
"desligam" os ciclos menstruais.
Progeria
Progeria (do grego geras, “velhice”) é uma
doença genética
da
infância
extremamente rara, caracterizada por um dramático
envelhecimento
prematuro. Estima-se que afecta um de cada 8 milhões de recém-nascidos
forma mais severa desta doença é a chamada
síndrome de
Hutchinson-Gilford nomeada assim em honra de Jonathan
Hutchinson, quem foi o primeiro em descrevê-la em
1886 e
de Hastings Gilford quem realizou diferentes estudos a respeito de seu
desenvolvimento e características em
1904.
Características clínicas
. Baixa
estatura
.
Pele
seca e enrugada
.
Calvície
prematura
.
Cabelos
brancos na infância
.
Olhos
proeminentes
.
Crânio
de grande tamanho
.
Veias
cranianas sobressalentes
. Ausência de
sobrancelhas
e pestanas
.
Nariz
grande e com forma de bico
. Problemas cardíacos
.
Peito
estreito, com costelas marcadas
. Extremidades finas e esqueléticas
. Estreitamento das artérias coronárias
. Articulações grandes e rígidas
. Manchas na
pele
semelhantes às da velhice por mau metabolismo da
melanina
. Presença de
doenças
degenerativas como a
artrite,
próprias da
velhice
.
Morte
natural ocorre até os 20 anos.
A progeria produz-se por mutações na lâmina A com as
quais geram uma laminação alternativa que leva à produção de uma
proteína
imatura similar à prelamina A. As células apresentam um
núcleo
com alterações estruturais (herniações e lóbulos) bem como defeitos na
organização da heterocromatina. Molecularmente apresentam um defeito no
mecanismo de reparo do
ADN
como consequência do rompimento da dupla hélice.
Fig.7) A velhice na infância é o principal
efeito deste tipo de doença.
Síndrome de Turner
A Síndrome
de Turner é uma má formação ao nível dos cromossomas que afecta
aproximadamente 1 em cada 2500 recém-nascidos. Esta está relacionada com
a presença de um cromossoma X aberrante ou ausente. Afectando só o sexo
feminino, os bebés com este Síndrome são identificados aquando
nascimento (os bebés têm, muitas vezes, edemas no dorso do pé), ou mesmo
antes da puberdade por causa de certas características particulares.
Características essas como baixa estatura, tendência a obesidade, amenorreia, ausência do desenvolvimento das características
sexuais secundárias,
pescoço
pregueado, tórax largo com mamilos amplamente espaçados e uma frequência
elevada de anomalias renais e cardiovasculares, sendo esta última mais
frequente na aorta.
Esta Síndrome
é responsável pela ocorrência de cerca de 18% dos abortos
espontâneos cromossomicamente anormais.
Embora as doentes tenham uma inteligência normal ou
até acima do normal, estas podem apresentar dificuldades na
aprendizagem, particularmente no cálculo matemático, visualização
espacial e na coordenação motora.
As pessoas com esta síndrome manifestam uma alteração
genética, em que está implícita a perda de um cromossoma X ou Y aquando
da divisão celular.
O diagnóstico da Síndrome de Turner faz-se através do
estudo dos cromossomas, sendo 1/3 destas doentes diagnosticadas no
período neo-natal, 1/3 na infância e as restantes na adolescência. O seu
diagnóstico é realizado pela observação do cariótipo, que geralmente é
retirado sangue periférico. Quanto maior for contagem de células, maior
é a probabilidade de identificar mosaicos. Se houver suspeita clínica e
um cariótipo 46,XX localizado no sangue periférico deve-se considerar
estudar outros tecidos, visando à identificação de mosaicismo. Para
confirmar o resultado do diagnóstico é necessária um estudo cito
genético mais aprofundado.
Fig.8) Vítima de Síndrome de Turner.
Tratamento e Prevenção
Infelizmente,
enquanto doença genética, a Síndrome de Turner não tem cura, mas algumas
das suas anomalias podem ser minimizadas. A baixa estatura pode ser
atenuada através da administração de hormonas de crescimento, e a
infertilidade com uma terapia à base de estrogénios (sendo esta
também utilizada para promover o desenvolvimento das características
sexuais secundárias)
e recorrendo a modernas técnicas de reprodução. Técnicas estas que são
usadas para ajudar mulheres com esta síndrome a engravidarem (o
óvulo de uma dadora é usado para conceber um embrião, o qual será
introduzido no útero da doente).
A orientação precoce para a consulta de endocrinologia é
importante, visto que para além dos problemas médicos que apresentam,
também estão associadas a questões comportamentais. As anomalias
cardíacas podem também, em alguns casos implicar cirurgia correctiva.
Outra alteração verificada com alguma frequência é o prolapso da válvula
mitral. A hipertensão arterial para além de estar associada aos
problemas cardíacos, pode também ser consequência da patologia renal e
deve ser vigiada. As anomalias renais devem ser rastreadas, recorrendo a
uma ecografia, e se for verificada a sua presença, a doente deve ser
orientada para uma consulta de nefrologia. O rastreio de alterações
audiovisuais e também aconselhado e deve ser efectuado.
Para prevenir o aparecimento da Síndrome, é necessário
um aconselhamento genético. O risco de recorrência da síndrome de Turner
não aumenta em futuros filhos de um casal que já tenha uma filha com
este síndrome. No entanto, nas mulheres férteis com a síndrome
(mosaicos) existe um risco de anomalias ao nível dos cromossomas em
futuros filhos e como tal deve ser proposto um diagnóstico pré-natal.
Amenorreia:
Ausência de menstruação devido ao
não desenvolvimento das gónadas.
Mosaicos:
Pacientes com uma constituição
cromossomática 45,X/46,XX. Ou seja, têm ao mesmo tempo células normais e
uma alteração do cromossoma X.
Síndrome de Patau
A síndrome de Patau é uma anomalia cromossomica causada pela
trissomia
do
cromossoma 13.
Foi descoberta em
1960
por
Klaus Patau
observando bebés com malformações múltiplas
Tem como principal causa a não disjunção dos cromossomas durante a
anáfase 1 da
mitose,
gerando gâmetas com 24 cromatídios. Neste caso, o gâmeta possui um par
de cromossomas 13, que juntando com o cromossoma 13 do gâmeta do
parceiro forma um ovo com trissomia.
Cerca de 20% dos casos resultam de uma
translocação não balanceada.
Ocorre na maioria das vezes com mulheres com
idade
avançada 35 anos acima
Tipos de Síndromes de Patau:
Trissomia Livre:
A trissomia tem origem no óvulo feminino, pelo facto da progenitora
maturar apenas um ovócito, em comparação com o progenitor, que matura
milhões de espermatozóides. Gâmetas masculinos portadores de alterações
numéricas cromossômicas tem menor viabilidade que gâmetas normais, sendo
mínimas as possibilidades de um gâmeta masculino com 24 cromatídios
fecundar um ovócito. A trissomia livre é um tipo de alteração
cromossómica numérica na qual um cromossoma possui três cópias em vez de
duas habituais. Dentro dos processos que determinam esta trissomia estão
as não disjunções cromossómicas, o caso da síndrome de Patau.
Translocações:
São responsáveis por 20% das ocorrências da síndrome
de Patau, sendo 3/4 das translocações esporádicas, e 1/4 são herdados.
As translocações familiares balanceadas ou não envolvem os cromossomas
do grupo D, que correspondem a formação do cromossoma 13. As pessoas
normais que têm essa translocação equilibrada estão sobre risco de 5% de
virem a gerar uma criança com síndrome de Patau.
Mosaicismo:
São responsáveis por 20% das ocorrências da síndrome de Patau, sendo
3/4 das translocações esporádicas, e 1/4 são herdados. As translocações
familiares balanceadas ou não envolvem os cromossomas do grupo D, que
correspondem a formação do cromossoma 13. As pessoas normais que têm
essa translocação equilibrada estão sobre risco de 5% de virem a gerar
uma criança com síndrome de Patau.
Representa 5% das ocorrências de síndrome, sendo verificado pelo facto
do afectado não possuir a anomalia cromossómica de forma detectável. São
representados da seguinte maneira: 46, XX ou XY/47, XX ou XY, +13. Esta
alteração pode propiciar que o afectado chegue até a idade adulta, mesmo
manifestando o fenótipo.
Tratamento:
Os recém-nascidos com trissomia 13 necessitam de
assistência médica desde o momento do seu nascimento. Dado que as
anomalias cardíacas representam a causa principal de morte nesta doença,
se colocam um problema ético de se a sua recuperação cirúrgica será
viável devido ao péssimo prognóstico do quadro clínico tanto desde o
ponto de vista físico como intelectual.
Para esta doença não existe tratamento generalizado
nem viável. Porém, pode-se recorrer em intervenções cirúrgicas para
melhorar algumas anomalias.
São várias as doenças que nos afetam e que não nos
causam dor. Apenas uma pequena alteração num gene e o nosso corpo pode
transformar-se. É por tudo isso que as doenças genéticas necessitam de
tratamento para que a perfeição dos nossos corpos seja o fim a alcançar
e que as deficiências não existam para uma vida realizada com igualdade
e normalidade. Pois, respondendo aos objetivos, uma definição perfeita
para doenças genéticas é todo e qualquer distúrbio que afete o nosso
material genético e que seja não infecciosa e não contagiosa. Nesta
vastidão de doenças genéticas há alguns tipos de doenças que se destacam
pela sua frequência e pelas suas características estudadas. Todas as
síndromes fazem-nos alterar tanto a estrutura do nosso corpo como a sua
complexidade. Os seres humanos atingidos por estas síndromes não têm
motivos para viver uma vida normal com o seu corpo defeituoso mas também
a ignorância das outras pessoas para com estes doentes não os ajuda em
nada. É de facto um problema na nossa sociedade que a genética se
preocupa de resolver.
Bibliografia
http://learn.genetics.utah.edu/content/disorders/whataregd/
http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/m-genetics/1647730-doen%C3%
A7as-gen%C3%A9ticas-heredit%C3%A1rias/
A7as-gen%C3%A9ticas-heredit%C3%A1rias/
http://www.ncc.up.pt/~nam/VHL/Arvore_VHL/O_que_sao_doen_c_cas_geneti.htm
excelente ,muito abrangente e com clareza
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