Se você for às ruas do Rio de Janeiro e perguntar por José Datrino,
certamente, a imensa maioria dos cariocas não ligará o nome à pessoa.
Mas experimente procurar pela história do Profeta Gentileza e, em troca,
receberá dezenas de sorrisos e lembranças.
Nascido em uma família de 11 irmãos no interior de Cafelândia, São
Paulo, desde menino Datrino se destacava por seu comportamento atípico
para a idade (13 anos): fazia questão de espalhar na escola e aos amigos
que “tinha uma missão na Terra”.
Ele só viraria Profeta Gentileza anos depois, na década de 1960, depois
do incêndio do Gran Circus. Ali morou por quatro anos e trabalhou como “consolador voluntário”,
confortando com palavras de bondade às famílias das vítimas da tragédia.
Recebeu dois apelidos: “José Agradecido” e “Profeta Gentileza”. O
último prevaleceu.
Na década seguinte, Gentileza passou a percorrer as ruas da capital
fluminense para levar sua palavra de amor, bondade e respeito ao
próximo. Era assim em ônibus, praças, pontes, praias, calçadões e até
nas apinhadas barcas da travessia Rio-Niterói. Nem todos entediam a
mensagem do Profeta. Os mais exaltados o chamavam de “maluco”. Para
estes, a resposta estava sempre na ponta da língua: “Sou maluco para te
amar e louco para te salvar”.
s, novelas e trabalhos
acadêmicos.
Junto com o princípio de Geometria, a Gentileza funda um princípio civilizatório, princípio descurado pela modernidade e hoje de extrema importância se quisermos humanizar as relações demasiadamente funcionais e marcadas pela violência.
A crítica da modernidade não é monopólio dos mestres do pensamento acadêmico como Freud com seu O mal estar da civilização ou a Escola de Frankfurt com Horkheimer com seu O eclipse da razão e com Habermas com o seu Conhecimento e interesse ou mesmo toda a produção filosófica do Heidegger tardio.O Profeta Gentileza, representante do pensamento popular e cordial, chegou à mesma conclusão que aqueles mestres. Mas foi mais certeiro que eles ao propor a alternativa: a Gentileza como irradiação do cuidado e da ternura essencial. Esse paradigma tem mais chance de nos humanizar do que aquele que ardeu no circo de Niterói:o espírito de geometria, o saber como poder e o poder como dominação sobre os outros e a natureza.
Junto com o princípio de Geometria, a Gentileza funda um princípio civilizatório, princípio descurado pela modernidade e hoje de extrema importância se quisermos humanizar as relações demasiadamente funcionais e marcadas pela violência.
A crítica da modernidade não é monopólio dos mestres do pensamento acadêmico como Freud com seu O mal estar da civilização ou a Escola de Frankfurt com Horkheimer com seu O eclipse da razão e com Habermas com o seu Conhecimento e interesse ou mesmo toda a produção filosófica do Heidegger tardio.O Profeta Gentileza, representante do pensamento popular e cordial, chegou à mesma conclusão que aqueles mestres. Mas foi mais certeiro que eles ao propor a alternativa: a Gentileza como irradiação do cuidado e da ternura essencial. Esse paradigma tem mais chance de nos humanizar do que aquele que ardeu no circo de Niterói:o espírito de geometria, o saber como poder e o poder como dominação sobre os outros e a natureza.
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