segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Ameaça Invisível: A Invasão de Espécies Exóticas

 As espécies exóticas invasoras representam uma das maiores ameaças à biodiversidade global, atuando como um agente silencioso de degradação ambiental. Essas espécies, introduzidas em ambientes que não são os seus habitats originais, podem se adaptar, proliferar e competir com as espécies nativas por recursos essenciais, muitas vezes causando desequilíbrios ecológicos significativos.

O Caso do Gato Doméstico

Um exemplo emblemático de espécie exótica invasora é o gato doméstico (Felis catus), abandonados. Embora adorado como animal de estimação, quando abandonado ou criado sem controle, o gato transforma-se em um predador feroz. Estudos mostram que gatos ferais são responsáveis pela extinção de várias espécies de aves, répteis e pequenos mamíferos em diferentes regiões do mundo, especialmente em ilhas, onde as presas não possuem adaptações contra predadores introduzidos. Um caso alarmante é o impacto do gato sobre as populações de aves marinhas no Havaí, onde espécies nativas já vulneráveis enfrentam o risco de extinção.



O Carrapicho e a Competição Vegetal



No reino vegetal, o carrapicho (Bidens pilosa) ilustra como plantas invasoras podem alterar ecossistemas inteiros. Originária da América do Sul, essa planta se dispersa facilmente graças aos seus frutos com ganchos que aderem ao pelo de animais e às roupas humanas. O carrapicho é extremamente competitivo, ocupando rapidamente áreas degradadas e dificultando o crescimento de espécies nativas. Em pastagens, ele reduz a qualidade do solo e a disponibilidade de alimento para herbívoros.

Impactos Gerais das Espécies Invasoras

Além de impactos ecológicos, as espécies exóticas invasoras também afetam atividades humanas. Na agricultura, plantas invasoras competem com cultivos e aumentam os custos de produção, enquanto animais invasores podem transmitir doenças ou afetar populações de interesse econômico. Por exemplo, o javali europeu (Sus scrofa) causa danos consideráveis a plantações e solos no Brasil, onde foi introduzido para caça.

Enfrentando a Ameaça

O combate às espécies exóticas invasoras exige ações integradas, incluindo:

  • Prevenção: Controle rigoroso na introdução de espécies em novos ambientes.
  • Monitoramento: Identificação precoce de invasores para mitigar impactos.
  • Educação ambiental: Sensibilização sobre os riscos associados a espécies exóticas e o papel humano em sua dispersão.

Reflexão Final

Embora muitas vezes despercebidas, as espécies exóticas invasoras são uma ameaça invisível, mas devastadora, para os ecossistemas. Entender seus impactos e agir para prevenir sua disseminação é crucial para preservar a biodiversidade e garantir o equilíbrio ambiental para as futuras gerações.

A Impercepção Botânica: Uma Reflexão Etnobotânica Sobre a Relação Humana com as Plantas

"Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o início no mundo. E eu serei para ti o início do mundo." Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe.



 "A natureza é um templo onde colunas vivas deixam escapar somente confusas palavras." — Charles Baudelaire

A impercepção botânica, conceito que aborda a ausência de sensibilidade e atenção às plantas em nosso cotidiano, reflete um distanciamento progressivo entre humanos e a natureza. Apesar da interdependência vital entre os seres humanos e as plantas, estas frequentemente passam despercebidas, sendo relegadas a um plano secundário em um mundo dominado pela valorização da tecnologia e do progresso.

"O mundo é um jardim, mas também é um deserto."
— Jorge Amado

Do ponto de vista etnobotânico, este fenômeno destaca a negligência cultural em relação ao papel das plantas nas sociedades humanas. As plantas, responsáveis pela produção de oxigênio, alimento, remédios e abrigo, são muitas vezes percebidas apenas como elementos ornamentais, desprovidos de vida autônoma ou de um lugar ativo no equilíbrio ecológico.

"A verdadeira sabedoria é saber que não sabemos nada sobre as plantas."
— Aristóteles

Em um sistema capitalista que prioriza o consumismo, a natureza frequentemente é reduzida a uma mercadoria. A exploração desmedida dos recursos vegetais reflete uma lógica de lucro que ignora a sustentabilidade e a preservação ambiental. Nesse contexto, as plantas são vistas como produtos descartáveis, destinadas a atender às demandas do mercado, enquanto suas funções ecológicas e culturais são desconsideradas. Tal abordagem aprofunda o distanciamento humano da natureza, reforçando a impercepção botânica e comprometendo os ecossistemas em longo prazo.

"O amor pela natureza é o melhor remédio para as doenças do mundo moderno."
— Jean-Jacques Rousseau

Para superar essa impercepção e promover uma relação mais equilibrada entre humanos e plantas, é essencial:

  • Observar e respeitar as plantas como organismos vivos;
  • Compreender suas necessidades biológicas e ecológicas;
  • Incorporar áreas verdes e espécies vegetais nativas em espaços urbanos;
  • Ampliar a educação ambiental, enfatizando a importância cultural e medicinal das plantas.

"Quando se ama a natureza, se ama a vida."
— Jean-Jacques Rousseau

A abordagem etnobotânica nos ensina que, ao reconhecer a relevância das plantas, também reconhecemos a interdependência entre as culturas humanas e os ecossistemas naturais. Assim, ao cultivarmos uma perspectiva mais consciente, podemos construir um futuro mais sustentável e harmonioso.

"O futuro da humanidade depende da nossa capacidade de amar e respeitar a natureza."
— Club of Rome

A "impercepção botânica" refere-se à falta de atenção, reconhecimento ou valorização das plantas no cotidiano humano, mesmo considerando a importância crucial que elas desempenham em nossa sobrevivência e qualidade de vida. Esse conceito aborda um fenômeno cultural e educacional em que a conexão humana com as plantas é enfraquecida, seja pela falta de educação ambiental, pela urbanização ou por valores que priorizam o consumismo e a tecnologia sobre a natureza.

Esse termo pode ser explorado em diferentes contextos, incluindo:

  1. Educação Ambiental: Como a sensibilização para a botânica pode contribuir para reverter esse cenário e promover uma maior conscientização ecológica.

  2. Etnobotânica: O estudo das relações entre povos e plantas, que destaca o impacto cultural e social das plantas e como a impercepção pode enfraquecer esses vínculos.

  3. Consumo e Sustentabilidade: A impercepção botânica está conectada à exploração de recursos naturais sem consideração pela sustentabilidade, o que leva à degradação ambiental.

Referências

AMADO, J. Jubiabá. São Paulo: Companhia das Letras, 1936.

ARISTÓTELES. Historia Animalium. Tradução de D'Arcy Wentworth Thompson. Oxford: Oxford University Press, 350 a.C.

BAUDELAIRE, C. As flores do mal. Tradução de Ivan Junqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

CLUB OF ROME. Os limites do crescimento. Tradução de José Viegas. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1972.

ROUSSEAU, J.-J. Emílio ou Da educação. Tradução de Antônio Sérgio. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

Links: 

Revista UFG botânica pública: https://botanica.icb.ufg.br/p/24583-botanica-publica

TCC: Estudo da cegueira botânica em uma escola pública do município de Cuité-PB, autor Richard Tarcísio de Lima Alves

Jogos didáticos: https://www.coquinhos.com/




quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Chaves dicotômicas

Explorando um Ramo da Horta com Chave Dicotômica



Turmas: 7º ano

Duração: 2 aulas de 50 minutos


Conteúdos:

  1. Classificação de plantas: Introdução às Angiospermas e características morfológicas.
  2. Uso da Chave Dicotómica: Método de identificação de plantas através da chave dicotómica.
  3. Características morfológicas de plantas: Tipos de folhas, caules, flores e raízes.
  4. Diferença entre Monocotiledóneas e Dicotiledóneas.

Objetivos:

  • Introduzir os alunos à classificação de plantas utilizando chaves dicotómicas.
  • Promover o reconhecimento de características morfológicas de diferentes vegetais da horta.
  • Desenvolver a capacidade de observação e categorização de plantas com base em características visíveis.
  • Aplicar o conhecimento teórico sobre plantas monocotiledóneas e dicotiledóneas na prática.

Habilidades:

  • Identificar plantas com base em características morfológicas visíveis (BNCC - EF07CI03).
  • Desenvolver a capacidade de tomar decisões com base na observação de características botânicas (BNCC - EF07CI07).
  • Aplicar o uso de chaves dicotómicas na classificação de seres vivos.
  • Relacionar o estudo das plantas com o cotidiano, observando os vegetais presentes na horta e no jardim.




 Atividade: Chave Dicotômica - Explorando um Ramo da Horta!


  1. O ramo tem folhas?

(    ) Sim → Vá para a pergunta 2.

(    ) Não → Pode ser uma cebola ou alho!


2. As folhas são grandes?

(    ) Sim → Vá para a pergunta 3.

(    ) Não → Pode ser um ramo de salsa ou cebolinha!


3. As folhas são lisas ou ásperas?

(    ) Lisas - como um ramo de alface!

(    ) Ásperas - como um ramo de couve!


4. A folha tem bordas dentadas?
(    ) Pode ser um ramo de espinafre!

(    ) Não - outro um ramo de vegetal! Vá para a pergunta 5.


5. A planta tem flores coloridas?

(    ) Sim → Vá para 6

(    ) Não → Pode ser uma samambaia ou um pinheiro (não são angiospermas)


6. As pétalas da flor são bem visíveis?

(    ) Sim → Vá para 7

(    ) Não → As flores são pequenas e discretas. Pode ser uma grama ou um capim (monocotiledôneas)


7. As pétalas da flor são longas e finas, como fitas?

(    ) Sim → Pode ser um lírio ou uma íris (monocotiledôneas)

(    ) Não → Vá para 8


8. As pétalas da flor são largas e arredondadas?

(    ) Sim → Vá para 9

(    ) Não → Pode ser uma rosa ou um girassol (dicotiledôneas)


9. As folhas da planta são longas e finas, com nervuras paralelas?

(    ) Sim → Pode ser uma grama ou um bambu (monocotiledôneas)

(    ) Não → As folhas são mais largas e com nervuras ramificadas. Pode ser um pé de feijão ou uma roseira (dicotiledôneas)


10. O caule da planta é macio e verde (herbáceo) ou duro e amadeirado (lenhoso)?

(    ) Macio e verde → Pode ser um tomateiro ou uma alface (herbáceas)

(    ) Duro e amadeirado → Pode ser uma macieira ou uma mangueira (lenhosas)


11. A raiz da planta é principal (uma raiz maior) ou as raízes são finas e numerosas?

(    ) Raiz principal → Pode ser uma cenoura ou uma beterraba (raiz principal)

(    ) Raízes finas e numerosas → Pode ser um milho ou uma cebola (raízes fasciculadas)


Qual o seu Vegetal? ____________________


Tabela comparativa dos órgãos vegetais

 Tabela comparativa dos órgãos vegetais (raiz, caule, folha, flor, semente e fruto) nos principais grupos vegetais: Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas.

Órgãos VegetaisBriófitas (Musgos)Pteridófitas (Samambaias)Gimnospermas (Pinheiros)Angiospermas (Plantas com flores)
RaizNão possuem raiz verdadeira, possuem estruturas semelhantes chamadas rizoides.Possuem raízes verdadeiras, mas simples.Possuem raízes verdadeiras.Possuem raízes verdadeiras e complexas.
CauleNão possuem caule verdadeiro, mas têm caulóide.Possuem caule simples e vascularizado (ex.: rizoma).Possuem caule lenhoso (ex.: troncos).Possuem caules variados: herbáceos ou lenhosos.
FolhaNão possuem folhas verdadeiras, mas têm filoides.Possuem folhas com frondes (divididas em folíolos).Folhas aciculadas (em forma de agulha), adaptadas a ambientes secos.Possuem folhas variadas: simples ou compostas, com funções fotossintéticas e adaptativas.
FlorNão possuem flores.Não possuem flores.Possuem cones ou estróbilos, mas não flores verdadeiras.Possuem flores verdadeiras (órgãos reprodutivos), com diversas formas e cores.
SementeNão produzem sementes.Não produzem sementes.Produzem sementes nuas, sem frutos, geralmente abrigadas nos cones (estróbilos).Produzem sementes dentro dos frutos, resultado da fecundação das flores.
FrutoNão possuem frutos.Não possuem frutos.Não produzem frutos, as sementes são expostas.Produzem frutos que protegem as sementes.

Explicação:

  • Briófitas são plantas não vasculares e simples, que não possuem órgãos verdadeiros como raízes, caules e folhas. Em vez disso, possuem estruturas equivalentes como rizoides, caulóides e filoides.
  • Pteridófitas são plantas vasculares sem sementes, que possuem órgãos vegetativos bem desenvolvidos (raiz, caule e folhas), mas não produzem flores, sementes ou frutos.
  • Gimnospermas são plantas vasculares que produzem sementes, mas não flores ou frutos. As sementes ficam expostas nos cones.
  • Angiospermas são o grupo mais complexo, com todos os órgãos vegetais desenvolvidos, além de flores e frutos.

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Etnobotânica na sala de aula

 “Incorporar a etnobotânica nos currículos escolares é uma forma de resistência contra a homogeneização cultural, preservando os conhecimentos ancestrais das comunidades locais”.                                                                                                                                                                (Shiva)




A etnobotânica é a ciência que estuda a relação entre os seres humanos e as plantas, especialmente em contextos culturais e tradicionais. Levar essa disciplina para a sala de aula oferece a oportunidade de conectar os estudantes com o conhecimento ancestral sobre plantas, promovendo a valorização das culturas locais, da biodiversidade e da sustentabilidade. Além disso, contribui para que os estudantes desenvolvam um olhar crítico sobre a preservação da natureza e dos saberes tradicionais.


Conteúdos:

  • Definição de etnobotânica e sua importância.
  • Relação entre povos tradicionais e o uso de plantas (medicinais, alimentícias, ritualísticas).
  • Diversidade da flora local e regional.
  • Preservação dos conhecimentos ancestrais sobre o uso de plantas.
  • Sustentabilidade e conservação da biodiversidade.

Objetivos:

Objetivo Geral:

  • Valorizar e compreender a importância do conhecimento etnobotânico para a preservação das culturas tradicionais e da biodiversidade, integrando esses saberes ao cotidiano escolar.

Objetivos Específicos:

  1. Explorar o conceito de etnobotânica e sua relevância para as comunidades tradicionais e para o ambiente.
  2. Reconhecer a importância das plantas na vida das pessoas e suas diversas aplicações (medicinais, alimentares, culturais).
  3. Investigar as plantas da região, identificando usos tradicionais e etnobotânicos.
  4. Promover o respeito e a valorização das culturas tradicionais e dos seus conhecimentos ancestrais.
  5. Incentivar práticas de conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais.

Habilidade (BNCC):

  • (EF06CI11) - Identificar e valorizar o conhecimento tradicional associado ao uso de plantas em comunidades locais, relacionando-o às práticas científicas e aos conceitos de sustentabilidade.

Atividades:

  1. Introdução à Etnobotânica:

    • Aula expositiva dialogada sobre o conceito de etnobotânica e a importância da preservação do conhecimento tradicional.
    • Discussão sobre a citação de Vandana Shiva, refletindo sobre como o conhecimento etnobotânico é uma forma de resistência cultural.
  2. Pesquisa de Campo:

    • Os alunos podem realizar uma pesquisa de campo no entorno da escola ou em suas casas, coletando informações sobre plantas utilizadas tradicionalmente (alimentação, cura, ornamentação). Cada aluno entrevista um familiar ou um membro da comunidade para descobrir quais plantas são utilizadas e com qual propósito.
  3. Herbário Etnobotânico:

    • Criação de um herbário coletivo com exemplares de plantas locais e suas respectivas utilidades tradicionais, como remédios caseiros ou alimentos. O herbário deve conter descrições, desenhos e fotos das plantas.
  4. Seminário sobre Conhecimentos Tradicionais:

    • Os alunos se organizam em grupos para preparar uma apresentação sobre as plantas pesquisadas e seus usos tradicionais. Devem relacionar essas práticas à sustentabilidade e ao respeito pela biodiversidade.
  5. Oficina de Produtos Naturais:

    • Com orientação, os alunos podem participar de uma oficina para a criação de produtos naturais a partir de plantas, como infusões ou cosméticos simples, com base em conhecimentos etnobotânicos.
  6. Conscientização Ambiental:

    • Reflexão sobre como a valorização dos saberes tradicionais pode contribuir para a conservação das plantas e do meio ambiente. Discussão sobre as ameaças à biodiversidade e a importância do uso sustentável dos recursos naturais.

Avaliação:

  • Participação nas atividades práticas e teóricas.
  • Qualidade da pesquisa e do herbário, incluindo clareza nas descrições e respeito pelo conhecimento tradicional.
  • Apresentações dos grupos sobre as plantas e a análise da integração dos conceitos de etnobotânica com a sustentabilidade.

Considerações Finais:

A integração da etnobotânica nos currículos escolares possibilita que os alunos se conectem com suas raízes culturais e com o meio ambiente de forma prática e crítica. Ao valorizar os saberes tradicionais, a escola se transforma em um espaço de resistência à homogeneização cultural, contribuindo para a preservação do conhecimento ancestral e da biodiversidade.

Referencias

  • SHIVA, Vandana. Biopirataria: a pilhagem da natureza e do conhecimento. São Paulo: Editora Madras, 2001.

  • CUNHA, Murilo Paglia da. Etnobotânica: uma introdução à ciência das plantas e seus usuários tradicionais. São Paulo: Interciência, 2006.

  • AMOROZO, Maria Cristina de Mello. Etnobotânica aplicada à educação ambiental. In: DIEGUES, Antônio Carlos Santana (Org.). Etnoconservação: novos rumos para a conservação da natureza. São Paulo: Editora Hucitec, 2000. p. 78-92.

  • ALMEIDA, M. W. B.; GARAY, I.; LIMA, L. A. Educação ambiental e etnobotânica: a importância do conhecimento tradicional na conservação da biodiversidade. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.

  • SIMÕES, Cristina; SAURA, Silvia. Etnobotânica: conceitos, métodos e aplicações. São Paulo: Editora USP, 2004.



  • "O que mais precisamos é de um novo modo de olhar o mundo, um novo modo de conhecer e aprender. E esse modo tem que integrar a sabedoria que já existe nas comunidades e nos povos que conhecem aspectos a natureza" (MIA COUTO)

    quinta-feira, 19 de setembro de 2024

    A Inteligência Artificial na sala de aula: O Uso da Alexa nas Aulas de Ciências




     A utilização do dispositivo virtual  Alexa nas aulas de Ciências pela Professora Dirce Grein na  EBM Profª Adélia Lutz, entrelaçando o conhecimento científico com a tecnologia  em consonância com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), particularmente no que se refere ao desenvolvimento da competência digital e ao uso de tecnologias de forma crítica, significativa e ética (Habilidade EF06CI03). 


    Ao possibilitar que os estudantes interajam diretamente com um assistente virtual é proporcionado uma experiência de aprendizagem que transcende o modelo tradicional, incentivando a autonomia e a responsabilidade no uso de ferramentas tecnológicas para a construção do conhecimento.



    Além disso, a Alexa atua como mediadora na compreensão de conceitos científicos complexos, revisão de conteúdos e desta forma,  contribuindo para o desenvolvimento da alfabetização científica e compreensão das ciências naturais e tecnológicas (EF07CI01). Ao acessar informações em tempo real, os alunos têm a oportunidade de contextualizar os conteúdos propostos na sala de aula, facilitando a construção de significados e a aplicação prática dos conceitos científicos no cotidiano.

    A introdução da IA ​​por meio da Alexa nas aulas de Ciências tem como objetivo principal promover uma aprendizagem ativa e colaborativa , na qual os alunos assumem um papel central na construção do conhecimento. A utilização do Alexa permite que os estudantes explorem informações científicas de forma ágil, favorecendo o desenvolvimento de habilidades de pesquisa e resolução de problemas. Esse processo também reforça a autonomia intelectual dos alunos, estimulando o pensamento crítico e reflexivo.

    Entre os objetivos pedagógicos específicos da integração da IA ​​às aulas de Ciências, destacam-se:

    • Facilitar o acesso a informações científicas atualizadas e relevantes, favorecendo a contextualização do conteúdo curricular;
    • Desenvolver habilidades tecnológicas e digitais , preparando os alunos para lidar com as demandas de um mundo cada vez mais mediado por tecnologias emergentes;
    • Incentivar a curiosidade científica e o interesse dos alunos por temas relacionados à ciência e tecnologia, promovendo uma visão crítica e consciente sobre o papel da IA ​​na sociedade;
    • Estimular a investigação científica por meio de questionamentos e experimentações mediadas pela Alexa, favorecendo a prática da pesquisa como princípio pedagógico.

    Além disso, a Alexa contribui para o fortalecimento do letramento digital , preparando as aulas para os cidadãos críticos e conscientes no uso de tecnologias, e permite à Professora  adotar uma abordagem pedagógica mais flexível e personalizada, adaptando-se às necessidades de cada turma e promovendo o engajamento dos alunos com o conteúdo.

    A inserção da Inteligência Artificial no ambiente escolar, como no caso da Alexa, levanta reflexões importantes sobre os impactos pedagógicos e sociais dessas tecnologias. Do ponto de vista pedagógico, a utilização da IA ​​promove uma transformação das práticas de ensino, desafiando os docentes a repensar suas metodologias e a utilizar a tecnologia como uma aliada no processo de ensino-aprendizagem.

    Contudo, é fundamental que essa integração seja acompanhada por uma reflexão crítica sobre os limites e desafios pelos impostos uso de IA na educação. A dependência excessiva de ferramentas tecnológicas pode, em alguns casos, substituir a interação humana e o papel central do docente como mediador do conhecimento.

    Além disso, é importante que os estudantes sejam incentivados a compreender o funcionamento das tecnologias de IA, desenvolvendo uma postura crítica em relação ao seu uso e aos seus impactos na sociedade. A promoção da alfabetização tecnológica deve ser acompanhada da formação de uma consciência ética sobre o uso de dados e a privacidade, aspectos que precisam ser incluídos de forma mais aprofundada nas práticas educacionais que envolvem IA.






    quarta-feira, 18 de setembro de 2024

    Exercícios sobre os Reinos Protista, Fungi e Plantae (2ª série)

     

    Exercícios sobre os Reinos Protista, Fungi e Plantae

    Reino Protista

    1. Qual a principal característica que diferencia os protozoários das algas, ambos pertencentes ao reino Protista?

    • A) Forma de nutrição: os protozoários são heterótrofos e as algas, autótrofas.
    • B) Tipo de célula: os protozoários são procariontes e as algas, eucariontes.
    • C) Habitat: os protozoários vivem apenas em água doce e as algas, em água salgada.
    • D) Locomoção: todos os protozoários possuem flagelos e as algas, cílios.

    2. A malária é uma doença causada por um protozoário do gênero Plasmodium. Qual a forma de transmissão dessa doença para o ser humano?

    • A) Ingestão de água contaminada com cistos do parasita.
    • B) Picada do mosquito Aedes aegypti.
    • C) Contato direto com fezes de animais infectados.
    • D) Picada do mosquito Anopheles.

    3. As diatomáceas são algas unicelulares com parede celular de sílica. Qual a importância ecológica desses organismos?

    • A) São os principais produtores de petróleo.
    • B) São responsáveis pela maior parte da fotossíntese nos oceanos.
    • C) São decompositores de matéria orgânica em ambientes aquáticos.
    • D) São os principais causadores de doenças em peixes.

    Reino Fungi

    1. Qual a principal substância de reserva energética encontrada nos fungos?

    • A) Amido
    • B) Glicogênio
    • C) Celulose
    • D) Quitina

    2. Os fungos desempenham um papel fundamental nos ecossistemas. Qual a sua principal função?

    • A) Produtores primários
    • B) Decompositores
    • C) Consumidores primários
    • D) Parasitas obrigatórios

    3. A levedura Saccharomyces cerevisiae é utilizada na produção de pão e bebidas alcoólicas. Qual o processo biológico realizado por esses fungos que permite a produção desses alimentos?

    • A) Fermentação alcoólica
    • B) Fotossíntese
    • C) Quimiossíntese
    • D) Respiração aeróbica

    Reino Plantae

    1. Qual a principal característica que diferencia as plantas das algas?

    • A) Presença de clorofila
    • B) Presença de parede celular
    • C) Presença de tecidos verdadeiros
    • D) Reprodução sexuada

    2. As briófitas, como os musgos, são plantas avasculares. O que isso significa?

    • A) Não possuem raízes, caules e folhas verdadeiras.
    • B) Não possuem vasos condutores de seiva.
    • C) Não realizam fotossíntese.
    • D) Não produzem esporos.

    3. Qual a importância das gimnospermas para os ecossistemas?

    • A) São as principais responsáveis pela produção de oxigênio.
    • B) São a principal fonte de alimento para muitos animais.
    • C) Produzem frutos comestíveis para o ser humano.
    • D) Formam grandes florestas em regiões de clima frio e temperado.

    Gabarito:

    • Protista: 1-A, 2-D, 3-B
    • Fungi: 1-B, 2-B, 3-A
    • Plantae: 1-C, 2-B, 3-D